Pesquisadores de iniciação científica.

Danielle dos Santos Ribeiro Ramires


Licencianda em Letras Português/Francês e pesquisadora de Iniciação Científica orientada pelo professor Marcus Maia.

Projeto de pesquisa
Estuda, através da técnica de rastreamento ocular, a categoria vazia na posição de sujeito da oração gerundiva. A correferência do sujeito nulo com a oração principal é analisada em contraste com a correferência dada por um SN sujeito da oração principal. Assim, frases como: “O pintor gritavai, __i assustando as crianças”, na qual o correferente do sujeito nulo do verbo “assustando” é a oração principal completa (SF) “O pintor gritava”, foram comparadas a períodos como “O pintori dançava, __i pintando a papelaria”, no qual o SN “O pintor” é o correferente do sujeito nulo do verbo “pintando”.

Gabriel dos Santos Xavier


Graduando em Letras Português-Japonês na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desde 2017. Bolsista de iniciação científica na área de linguística de 2018 a 2020. Focado na área de psicolinguística experimental, com estudos em processamento visual de faces e processamento linguístico da língua japonesa.

Projetos de pesquisa
1. Processamento visual de faces: uma análise em perspectiva à alfabetizaçãoO processo de alfabetização desencadeia modificações estruturais no cérebro a fim de adaptá-lo para o processamento efetivo da leitura. Essas modificações ocorrem precisamente na área do cérebro originalmente responsável pelo processamento de faces, no hemisfério esquerdo. Assim, ocorre um deslocamento do processamento de faces mais para o hemisfério direito, enquanto no esquerdo há uma convergência entre os domínios de faces e da escrita. Portanto, a fim de explorar as influências da alfabetização no processamento e reconhecimento de faces, neste estudo analisamos dados obtidos em testes de rastreamento ocular com indivíduos indígenas da etnia Karajá alfabetizados e analfabetos, comparando-se como se deu seu processamento.

2. O papel do kanji: processamento da homofonia pelos diferentes tipos de falantes de japonêsO japonês é uma língua com uma estrutura silábica e um inventário fonético-fonológico bastante limitados. Assim, é possível observar a ocorrência em larga escala do fenômeno da homofonia por todo o léxico japonês. Para solucionar as ambiguidades geradas nesses casos, os kanji (ideogramas chineses) cumprem um papel essencial na escrita ao marcarem com ideogramas diferentes os diferentes vocábulos homófonos, servindo como uma espécie de guia para que o processamento semântico ocorra de forma satisfatória. Neste estudo, analisamos, por meio da técnica de rastreamento ocular, até que ponto os diferentes tipos de falantes de japonês valem-se do kanji para poderem ler de forma efetiva.